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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Quase metade dos jovens europeus já teve relações sexuais desprotegidas

Público, 26 de Setembro

Quase metade dos jovens europeus já teve relações sexuais desprotegidas

11% dos jovens que não usam protecção justificam o comportamento por estarem alcoolizados ou por esquecimento 11% dos jovens que não usam protecção justificam o comportamento por estarem alcoolizados ou por esquecimento (Foto: Miguel Manso/arquivo)
Quase metade dos jovens europeus já teve relações sexuais desprotegidas com novos parceiros, segundo um estudo hoje divulgado e que vem mostrar uma realidade semelhante à que se passa em Portugal.

O estudo resultou de um inquérito feito a seis mil jovens de mais de 29 países em todo o mundo e, na Europa, uma das principais conclusões é a de que 42% dos jovens tem relações sexuais desprotegidas com novos parceiros.

Em Portugal, alguns inquéritos apontam para que 50% dos jovens tenham relações desprotegidas. “Pode ser por despreocupação, por não apetecer, por álcool a mais”, comenta o obstetra Fernando Cirurgião, director de serviços do Hospital São Francisco Xavier.

Aliás, o estudo internacional hoje divulgado indica que 11% dos jovens que não usam protecção nas relações sexuais justificam o comportamento por estarem alcoolizados ou por esquecimento. O facto de o parceiro não gostar de usar métodos contraceptivos é também referido por 14% dos jovens.

Para Francisco Cirurgião, em Portugal, a elevada percentagem de relações sexuais desprotegidas pode também ser culpa da falta de campanhas de informação e da debilidade da educação sexual nas escolas. “Há muito tempo que não me lembro de ver campanhas de distribuição de preservativos. Torna-se preocupante. Não é pelo facto de ter havido uma campanha há dois anos que é suficiente. Tem de haver campanhas contínuas”, lamenta o médico.

Também a formação em educação sexual nas escolas merece críticas por parte do especialista: “Sem desprestígio de quem lá está, alguns dos professores não têm qualquer formação na área da saúde. Temos mesmo que nos debruçar sobre a educação sexual adequada nas escolas”. Fernando Cirurgião defende ainda a existência e multiplicação de centros de atendimento para jovens, que devem ser independentes dos centros de saúde, para evitar constrangimento e permitir que os mais novos se sintam à vontade.

No estudo multinacional, que teve o apoio de várias organizações não governamentais, quase quatro em cada dez jovens confirmam não ter educação sexual nas escolas.