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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os efeitos e os perigos do Ecstasy

Ao contrário das outras drogas o XTC tem a particularidade de ser criado artificialmente. Desde a sua síntese acidental laboratorial, a identificação de todos os efeitos desta droga tem sido feita progressivamente. Nenhum estudo como aqueles que se realizam no processo de controlo e aprovação de medicamentos foi realizado com ecstasy. Portanto, não é um composto que tenha sido criado depois de identificada uma necessidade e tenha sido submetido a um processo rigoroso de experimentação. A sua popularização deve-se, principalmente, aos efeitos que são sentidos quando este produto é consumido: sensação de energia, performance, supressão das inibições. Com o XTC desaparecem os constrangimentos e as proibições.
Emerge a sensação de liberdade nas relações humanas e excitação.
Realça-se que o XTC provoca uma ligeira ansiedade, um aumento da pressão arterial, o aumento do ritmo cardíaco e a contracção dos músculos faciais. A pele torna-se mais húmida e a boca seca. Segue-se uma ligeira euforia. Uma sensação de bem-estar e prazer instala-se com o relaxamento. Da exacerbação dos sentidos surge a impressão de compreensão dos outros e a sua aceitação.
O uso do ecstasy leva a uma desidratação acentuada e grave. Como muitas vezes o seu consumo é feito em ambiente fechados, aquecidos, nos quais se despende muita energia (como discotecas), uma das consequências é que nos três ou quatro dias depois, o utilizador passe por situações de ansiedade e depressão que podem inclusivamente exigir intervenção médica.
Com a insistência e o consumo regular da XTC existe o perigo de se estabelecer um ciclo de emagrecimento e enfraquecimento. A instabilidade de humor pode levar a comportamentos agressivos. Com este ciclo de consumo repetido pode iniciar-se e agravarem-se perturbações psíquicas, prolongando-se a sua duração.
Como já foi referido as cápsulas XTC não são puras, contendo uma série imprevisível de outros produtos cujas consequências devido ao policonsumismo, são difíceis de descrever e prever. Além disso, a vulnerabilidade do utilizador é outro aspecto a considerar, pessoas que tomem: antidepressivos, aspirina, medicamentos contra a sida, antiretrovirais, estão em perigo acrescido.
As pessoas que têm perturbações do ritmo cardíaco, epilepsia, problemas renais, diabetes, astenia e problemas psicológicos estão igualmente em muito maior risco se consumirem XTC.
Investigações recentes, parecem apontar para a destruição das células nervosas, na sequência do consumo da XTC.

(Informação retirada da Revista "Saúde e Lar", nº 747, Janeiro de 2010)